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  • Foto do escritorFábio Ruiz

Anjo perdido – Austrália – 2019

Atualizado: 18 de ago. de 2020


Lizzie se recupera mal da morte de sua bebê, quando, em uma festa de um amigo de escola de seu filho mais velho, vê Lola, uma menina na mesma idade que teria a sua se viva fosse, e acredita que seja sua filha, desequilibrando-a ainda mais, e afetando seu relacionamento com seus pais, seu filho e seu ex-marido, que a deixou por causa da não superação da morte.


O roteiro linear de Luke Davies e David Regal constrói um suspense tenso e surpreendente que aborda questões interessantíssimas, como a saúde mental de pessoas pode deteriorar demasiadamente, antes que seus próximos, familiares, amigos, ou até colegas de trabalho, possam perceber algum sintoma, permitindo que ações desesperadas e desmedidas se passem, ilustrando situações reais que muitas vezes pasmam sem explicações racionais; como a força do instinto materno animal mais básico; relações cármicas inexplicáveis; e questões de superação do luto, tudo, dentro de uma simples história, que o texto desenvolve, revelando, quase com o ritmo certo, elementos que alteram a percepção do conflito principal. Entretanto, o roteiro ou a direção acaba por entregar pistas, para criar dúvidas, que podem ter antecipado o que será o clímax, mas não a sua conclusão.


A direção de Kim Farrant, de Terra Estranha, é ótima, acentuando, com escolhas oportunas de planos, aproximações, afastamentos e movimentação de câmera, os suspenses dramatúrgicos, e conduzindo com aptidão os atores. Noomi Rapace entrega atuação contundente, sem a qual o texto poderia não funcionar. Luke Evans, em poucas cenas, está excelente, em papel difícil, com diversas facetas emocionais, a proteção do filho, a dor da perda da filha, da mulher para o desespero, entre outras. Richard Roxburgh está muito bem como Bernard, e Yvonne Strahovski, também em boa atuação, pode ter desvelado a conclusão antecipadamente, mas a direção pode a ter influenciado. A música se destaca entre os critérios técnicos, pois, com precisão, acentua os suspenses e os dramas, aumentando as tensões; fotografia, edição e arte são ótimas. Um suspense dramático, muito bem elaborado e interpretado, é o que traz o angustiante #AngelOfMine. Vale muito assistir. Sem data de estreia.

TRAILER


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