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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo – EUA-2022

Atualizado: 8 de mar. de 2023



Eis um interessantíssimo trabalho que leva o espectador a uma profunda experiência visual- filosófica-pessoal e, como tal, não entrarei aqui na desrespeitosa tarefa de explicar nem listar todos os conceitos abordados, nem o que entendi deles estragando as emoções alheias. Acho isso nada gentil com o “intelecto” alheio. Sendo assim, farei apenas considerações que que penso serem relevantes, mas sempre dentro do abrangente para que não estraguem a experimentação de cada um com minha pseudo inteligência.


Fato é que as mentes brilhantes que dirigiram e roteirizaram essa obra são a dos incríveis Dan Kwan e Daniel Scheinert que já nos surpreenderam com “Um Cadáver Para Sobreviver” e que agora elevam em muito seu patamar cinematográfico para contar, através de vários gêneros, referencias, metáforas e surrealismos e geniais momentos bizarros-cômicos a estória de uma imigrante chinesa e de sua família.


Parece pouco? Não é! Parece bobo e é sim, e também é cheio de clichês, mas nada importa quando a abordagem da metalinguagem nos fala de maneira tão bem bolada sobre tantos temas que nos são tão caros e atuais utilizando-se da paródia, da comedia para chegar em um drama universal de raízes filosóficas profundas.



#EverythingEverywhereAllatOnce não é o primeiro filme a trabalhar com premissa do multiverso e “Mr Nobody” continua imbatível nessa seara, porém a abordagem de #TudoemTodooLugaraoMesmoTempo, com sua montagem caótica, diálogos frenéticos, detalhadíssima cenografia, luz, efeitos especiais, formatos de tela, figurinos, trilha sonora - tudo perfeito - somando-se as interpretações magistrais da Michelle Yeoh e Jamie Lee Curtis se destaca por sua excelência contemporânea.


Enfim, com tantos elementos juntos, ao mesmo tempo, a receita para um desastre estava pronta, todavia, - tirando a minutagem que poderia ser um pouquinho menor- a direção faz com que absolutamente tudo funcione perfeitamente, afinal, se nada é importante, sempre podemos ser gentis.




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