#Old, novo filme de M. Night Shyamalan, parte de uma ideia um tanto interessante, mas o seu desenvolvimento é lastimável, poucos filmes não merecem ser assistidos, #Tempo é um deles, pois ao invés de explorar as nuances psicológicas situacionais, abraça as escatologias, uma após a outra, até o final, extremamente previsível. Quem não antecipou aquele bebê, equivocadamente descartado por não se saber o que fazer com ele, sem se tornar excessivamente bizarro? As personagens são, todas, mal construídas, fornecendo os elementos quando necessários para sustentar a narrativa e entregando a resolução ao focar excessivamente nas suas condições médicas. O final seria até interessante, não fosse também escatológico e previsível.
A direção de Shyamalan é insipiente provocando mais ojerizasses do que terrores, e sem qualquer controle do elenco, incluído o próprio, megalômano e vaidoso, que está quase tão ruim quanto o filme, salvo os jovens atores Alex Wolff e Thomasin Mckenzie, que, miraculosamente, conseguem dar ritmo à trama e substância às personagens. Gael Garcia Bernal parece perdido no texto, Vicky Krieps não convence nem um pouco, e se percebe a tentativa frustada de Rufus Sewell de conceder alguma credibilidade a sua, que é muito mal concebida. Critérios técnicos são satisfatórios, destaque para o “casting”, que é extremamente bem sucedido em evoluir organicamente as personagens com a passagem do tempo.
Tempo é mais um desperdício cinematográfico, um filme que nada acrescenta à sétima arte, e, com certeza, decepcionará seus espectadores.
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