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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Respeito- EUA-2021


É óbvio que os fãs de Aretha Franklin estavam ansiosos para, finalmente, assistirem a essa homenagem a rainha do Soul, mas o resultado é, no mínimo, decepcionante por conta de seu frágil roteiro, repleto de armadilhas já muito batidas do gênero e de seu ritmo oscilante que levam suas duas horas e meia de duração para a beira do enfadonho. Que lástima!


Mesmo com o ótimo design de produção recriando detalhadamente várias épocas e do também ótimo desenho de som, #Respect visita uma vida memorável de forma tão higienizada que todos os importantes, pertinentes e infelizmente ainda atuais dramas vivenciados pela homenageada, todos os “demônios” são suavizados ou banalizados em busca de uma simpatia fílmica que simplesmente não acontece.


A pretensão de mostrar tudo de e sobre Aretha, ( a ascensão musical e a vida pessoal), caberia perfeitamente em uma minissérie, mas nesse longa o roteiro peca feio por essa imaturidade narrativa e poderia ser muito pior se não fosse também criado para ser uma excepcional vitrine para Jennifer Hudson aparecer, com todos os méritos, na temporada de premiações. Ela não brilha como atriz, mas cintila e canta muito!


No final, a péssima ideia de trazer junto aos créditos a filmagem de Aretha cantando “(You Make Me Feel Like) A Natural Woman” no Kennedy Center em 2015, por pouco não derruba todo o trabalho de Hudson (como não comparar?), reduzindo #Respect a um trabalho meramente biográfico incompleto destituído de genuínas emoções.

Aretha merecia mais!



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