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  • Foto do escritorFábio Ruiz

O Último Duelo - EUA - 2021


#TheLastDuel traz um roteiro muito bem elaborado, com uma estrutura narrativa diferenciada, mas nada original. Outras obras o fizeram antes e muito melhor. O texto começa pelo fim para introduzir o conflito principal, o duelo entre o cavaleiro Sir Jean de Carrouges e O escudeiro Jacques Les Gris, em uma disputa pela honra da esposa do primeiro, supostamente estuprada pelo segundo, seguindo para mostrar as narrativas dos três envolvidos na querela, mas não diferencia muito cada ponto de vista, deixando mais a cargo das interpretações tais pormenorizações. Entretanto, narra uma estória, baseada em fatos reais, interessante, situada na idade média, que proporciona maiores atrativos à trama, como belíssimos cenários e figurinos. Por fim, segue seu percurso para um final previsível, procurando o enevoar, sem grandes sucessos.

A direção de Ridley Scott mantém o seu padrão, mas não se destaca entre suas obras, vale ressaltar seus belíssimos enquadramentos, suas emocionantes sequências de batalhas, especialmente a do duelo, mas falha na condução de atores e na distinção das cenas comuns aos três segmentos. Jodie Comer salva o filme com atuações brilhantes em cada narrativa, distinguindo com sutilezas e precisões sua personagem sob os pontos de vista de seu marido, do escudeiro e o seu, proporcionando um espetáculo à parte. Adam Driver não consegue alcançar sua colega e pouco adiciona às diferentes visões da sua, além daquelas previstas no texto. Matt Damon e Ben Affleck são um capítulo próprio. Matt pode usar maquiagem de cicatriz no rosto e fazer cara de mau, Ben pode pintar seu cabelo até de azul, no caso está loiro, que não evoluem além da canastrice que vemos desde o início de suas carreiras. Matt, um pouco melhor, ainda consegue entrar na personagem, que parcamente exige variações, enquanto a de Ben requer nuances que ele é incapaz de realizar, mostrando-se mais canastrão do que nunca.

Quesitos técnicos mantém os padrões usuais de Scott, com maior destaque para os magníficos cenários e figurinos, e a belíssima música, que, como sempre em sua tutela, adiciona demais à dramaturgia.

#OUltimoDuelo é uma boa diversão, narra uma estória interessante, e é um candidato perfeito à sessão da tarde futura, com um pouco mais de violência. Vale conferir, especialmente por Jodie Comer, mas não vá com muitas expectativas.



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