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O Cruel Ministério da Guerra – EUA – 2024

Analise nº 1.666


Baseado em um livro de não ficção que por sua vez narra a incrível história verídica que chegou a domínio público em 2016, quando o Departamento de Guerra Britânico abriu os arquivos secretos de Winston Churchill, #TheMinistryofUngentlemanlyWarfare conta-nos sobre uma missão mais que secreta durante a Segunda Guerra Mundial que visava neutralizar a enorme frota de submarinos alemães que patrulhavam o Atlântico Norte destruindo os navios britânicos e impedindo a entrada dos EUA como aliados.


Sim, uma história e tanto, um verdadeiro thriller de ação que chega ao conhecimento público, principalmente por conta que os encarregados dessa missão- (cinco homens e uma mulher) serem um bando de “rebeldes” ou párias que, muito mais tarde, segundo os créditos, transformaram-se em reconhecidos e condecorados heróis de guerra e repito: Um mega argumento para um filme inovador com enredo praticamente desconhecido do público.


A questão aqui é que roteiro e direção entregues ao diretor Guy Ritchie (ex marido de Madona), desperdiça todas as oportunidades de fazer um épico de guerra ao abandonar a seriedade dos fatos preferindo um enfoque mais irreverente, quase cômico, cheio de piadas sem graça, diálogos repetitivos, e personificações pueris. Chega a ser impressionante como os “mocinhos” do filme são todos fortes, audazes, inteligentes e, apesar das dificuldades e contra tempos que enfrentam saem vitoriosos sem grandes esforços (Isso não é um spoiler, pois já sabemos disso na primeira cena), em contrapartida com todos os nazistas que aparecem - e são muitos - serem magros, franzinos, tacanhos e nitidamente atrapalhados.


É óbvio que Ritchie e os roteiristas tentaram “inovar” dentro do gênero, contudo, ao reduzir os riscos e as tensões de uma missão audaciosa e extremamente relevante para o mundo livre #OCruelMinistériodaGuerra, com sua pegada intencionalmente frívola põe por terra toda e qualquer tensão e suspense e emoções que poderia gerar no público configurando-se, lamentavelmente, em apenas uma comédia de ação violenta ainda que recheada de muita mortandade e apoteóticas explosões.


Ainda assim, o ritmo é muito bom em suas duas horas de projeção e nunca se torna maçante ou desinteressante, já que opta por ser uma aventura divertida – a trilha sonora colabora com isso - tornando-se um bom entretenimento para as plataformas de streaming mesmo que os créditos finais apontem para a seriedade do tema que o filme insiste e persiste negando em prol de uma neutralidade dramática que muito o teria engrandecido.




TRAILER





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