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  • Foto do escritorFábio Ruiz

O Ano de 1985 – EUA – 2018



#OAnoDe1985, escrito e dirigido por Yen Tan, traz um período nebuloso de nossa história recente, a epidemia da AIDS e suas consequências. O roteiro encontra Adrian Lester retornando para o Natal na casa dos pais, após três anos de ausência, e acompanha sua estadia durante a festividade enquanto enfrenta questões latentes com seu irmão mais novo, com seu pai, com sua mãe, e com sua ex-namorada. Sem explorar, nem se aprofundar, nos sofrimentos da doença, o texto trata de preconceitos - reparem a cena da amiga e ex-namorada fazendo o exame de AIDS -, papéis na sociedade, medos, amor, e laços de família e amizade em uma pequena cidade conservadora e religiosa no Texas. Com cenas contundentes e surpreendentes, o filme termina com muita justeza.



A direção de Yen Tan é excelente, com escolhas de enquadramento muito oportunas, além de lançar mão do preto-e-branco, afinal, em 1985, não havia tons de cinza, HIV era sinônimo de morte. Cory Michael Smith, mais conhecido pelo papel de Ed Nigma na série Gotham, excelente, dá show de interpretação, mas Virginia Madsen, a mãe, Michael Chiklis, o pai, e o jovem Aidan Langford, o irmão não ficam muito atrás, tudo realizado com muita delicadeza e humanidade. Jamie Chung, a ex-namorada e amiga, também está muito bem, mas sua participação é muito menor comparada às dos outros. A fotografia é ótima, criando os volumes necessários no P&B, a música ameniza e tonaliza o tema, a arte é bastante fidedigna e a edição é competente.



#1985, um filme difícil, mas justo, sobre um tema que volta para nos assombrar quarenta anos depois, uma epidemia mortal. Vale muito assistir.


Disponível em VOD em algumas plataformas.








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