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Foto do escritorFábio Ruiz

Mulan – EUA – 2020


Nenhuma versão “live-action” dos desenhos animados da Disney alcançou o patamar de seus originais, embora alguns tenham chegado quase lá, como A Bela e A Fera, que se ateve à dramaturgia original, desviando-se muito pouco, com diferenciações inteligentes. Outros nem se comparam, como O Rei Leão, e, alguns ficam no meio de caminho, como Aladdin, mas nenhum conseguiu ser tão ruim como Mulan. O texto, alterado significativamente, abre mão do melhor da magia de seu precursor. Mushu e o grilo, deixados de lado, são substituídos por uma bela e muda fênix, e um colega de quartel chamado grilo, perdendo muito de sua leveza, de sua graça, e de sua sagacidade, tornando a narrativa mais dramática, mais densa, mais cansativa e chata, e, incluindo magias onde não existiam no papel de uma bruxa, um tanto inoportuna.

A Mulan perde muito de sua ingenuidade sem seus amigos fantásticos, e segue uma linha mais séria e sóbria, características que a atriz acentua, não deliberadamente, mais possivelmente por sua inexperiência ou capacidade. Ming-na Wen, que deu voz à original, concede muito mais humanidade, leveza, ingenuidade, simplicidade e, principalmente, veracidade à personagem, apenas com sua voz, do que Yifei Liu, à sua. Tecnicamente, o filme é certinho, com uma fotografia belíssima, apesar de tomadas comuns da direção, e edição e artes, excelentes. Entretanto, o quesito música é lastimável, pois abriu mão de todas as canções do desenho animado, reduzindo sua atração e sua fluidez.

#Mulan, uma adaptação fraquíssima de um grande desenho animado que trazia belíssimos quadros musicais, reduzida a um dramalhão superficial e sem grandes conflitos. Confira se quiser matar a curiosidade.





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