#Luca é mais um filme da Disney/Pixar abordando com uma outra estória o que parece ser sua temática única, os preconceitos entre grupos, e é muito bem sucedido ao demonstrar o bilateralismo da discriminação que advém tanto dos humanos, quanto das criaturas submarinas, rompendo um pouco com o discurso do establishment, que não admite a reciprocidade no racismo. O texto é um tanto equivocado quanto as mensagens secundárias que carrega, como a insubordinação dos filhos em relação aos pais, quanto à assertividade da necessidade de educação, pois a personagem Alberto até o fim da projeção não se reconcilia com essa, deixando de afirmar que lugar de crianças é na escola, independente de onde vêm, e quanto ao repúdio as regras, afinal, limites são a base da educação. E, dentro de tanto “politicamente correto”, acaba por ser incorreta, quando apresenta as criaturas marítimas em patamar inferior, incapaz de prover educação aos seus filhos, apesar de dotados de raciocínio e fala. Mais um exemplar do mesmo discurso “woke” da Disney. Entretanto, a estória tem alguns pontos de originalidade como a locação em uma pequena vila na costa italiana e as criaturas marítimas.
A direção do inexperiente Enrico Casarosa é excelente, seguindo o padrão Disney, assim como todos os critérios técnicos, entretanto, a estética já parece bastante repetitiva, e o elenco-mirim, liderado por Jacob Tremblay, de O Quarto de Jack e Extraordinários, e Jack Dylan Grazer, de It - A Coisa, é excelente. A participação de Sacha Baron Cohen, como o tio Ugo, é canastrônica, mesmo apenas com sua voz.
Luca, novo filma da Pixar, apesar de cativante, também parece muito repetitivo, deixando muito a desejar no quesito originalidade, perdendo muito atrativos. Um filme para uma tarde com as crianças.
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