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  • Foto do escritorFábio Ruiz

Entre Irmãs – Brasil – 2017



#EntreIrmãs, com roteiro de Patrícia Andrade, baseado no romance “A Costureira e O Cangaceiro”, de Frances de Pontes Peebles, em primeiro lugar, deveria ter mantido o nome do original, pois faz muito mais sentido, depois, poderia ter sido um grande filme, mas tropeça em algumas questões que o diminuem. Primeiramente, o texto parece mais com aqueles desenvolvidos para minisséries de cinco capítulos da Rede Globo, a Globo Filmes é um dos produtores, inclusive há os devidos marcos entre capítulos facilmente identificados no produto final. Em segundo, é previsível, e os espectadores mais atentos, facilmente, perceberão as reviravoltas porvir, e o seu desfecho, tudo se encaixa como uma luva para convergir ao clímax e à conclusão. A direção colabora demais para a previsibilidade com planos e enquadramentos que reforçam as suspeitas já entregues pelo texto.



Também, as escolhas estéticas do diretor Breno Silveira apontam na direção de produtos televisivos, inclusive a fotografia, apesar de eximiamente executada. Breno, embora em locações belíssimas, não é muito feliz em suas escolhas de enquadramentos e distanciamentos que deixam escapar belezas, enquanto tenta adicionar poesia imagética desnecessárias, que tornam o produto final muito longo e um tanto monótono. Júlio Machado, o Carcará, o melhor em cena, em excelente atuação, entrega personagem nos tons e dimensões exatos; Marjorie Estiano, a Emília, faz um belo trabalho; Nanda Costa está em atuação competente; e Letícia Colin se destaca entre os coadjuvantes, que oscilam nos aspectos qualitativos. A arte é ótima, música e edição, muito boas.



Uma história interessante, construída de forma previsível, talvez até no original, extremamente bem produzida, mas que deixa a desejar pela obviedade e pelo desvio estilístico, mais próximo do televisivo, tanto na dramaturgia, quanto na condução. Uma opção interessante.










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