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Quem gosta de acompanhar histórias ou estórias sobre pessoas em acelerada decadência física e mental? Alguém se apraz em assistir a decrepitude, a senilidade e as consequentes escatologias inerentes a essas fases ? Difícil!
Ok, “Amor” do Michael Haneke, fez isso em 2012, porém envolvido numa aura amorosa, conjugal e até romântica. Pois bem, o diretor e roteirista Josh Trank (Quarteto Fantástico), teve uma ideia diferente ( visto que o cinema já abordou Al Caponne de todos os ângulos) e, resolveu “punir” o mafioso diante de nossos olhos na retratação do que, a sua imaginação, quis supor ter sido o final de vida da personagem, numa clara demonstração que tentativas de originalidades nem sempre resultam em bom gosto cinematográfico.
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Assim, fundindo gêneros que vão do “filme de gangster”, misturado com terror psicológico e alucinatórios, a grotesca narrativa praticamente encerrada dentro de uma casa, passa a depender exclusivamente do talento de Tom Hardy (e da pesada maquiagem), para que o expectador embarque não só na estória como também num pretenso estudo de personagem que carece do amparo de falas, sejam elas reforçadas por monólogos ou diálogos.
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Que ninguém espere algo do tipo Os Bons Companheiros, O Poderoso Chefão” ou mesmo Scarface embora, lamentavelmente, direção e roteiro apostem numa cena grotesca no jardim da mansão que remeta a esse último e, com evidentes descomedimentos em toda concepção fílmica, ficaria difícil Hardy, em sua performance de sons guturais, não oscilar entre o convincente e o “over acting” comprometendo a imersão na conturbada mente de sua fictícia personagem dificultada também pelo comprometimento do ritmo narrativo prejudicado pela inserção de subtrama pouco atrativa.
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Enfim, #Capone, com sua aposta no escalafobético, feio e repulsivo, é um obscuro e sinistro equívoco de versão cinematográfica.
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Ps1; Disponível em VOD