top of page
logo.png

Canina - EUA – 2024

Foto do escritor: Cardoso JúniorCardoso Júnior

Analise 1.738

Com Amy Adams aparecendo nas listas de Melhor Atriz na temporada de premiações, e que, quando anunciado, aludia ser o filme que finalmente daria um Oscar a essa atriz estupenda e carismática, pois Amy Adams procura um papel que, finalmente lhe de a consagração merecida principalmente depois de trabalhos excepcionais como: A Chegada que pode ser lido aqui, Animais Noturnos, aqui  e Objetos Cortantes, aqui, 


Após alguns erros de escolha de papéis, ela volta com “Canina”, adaptada do livro de Rachel Yoder por Marielle Heller do excelente “Poderia me Perdoar?” aqui que pode ser considerado sim um de seus melhores papeis ao retratar as dificuldades da maternidade solo de uma mulher, artista, consagrada, que se vê presa a exaustiva rotina doméstica da criação de seu filho onde um marido, ainda que bem intencionado, em pouco ou nada ajuda na árdua e exasperante tarefa.


Até que a Mulher (assim é chamada pelo roteiro), revela sinais de que pode estar se transformando em um cachorro - pelos nascem onde não deveriam nascer, surge uma protuberância no fim da coluna e o olfato desenvolve-se e, sendo a maternidade um tema caro no filme, ele lança mão da linguagem da fantasia para retratar essa mãe que, subitamente e gradualmente começa a se ver e sentir como um cachorro experimentando transformações psicológicas e até físicas.


Infelizmente a falta de habilidade do roteiro que transita por comédia, drama, realidades e fantasias bizarras, não consegue apresentar as fantasias no tom certo da comédia – que é a intenção – e, isso pode desencadear reação adversas e errôneas no público o que é uma pena.

Ainda sobre a parte fantasiosa, sobre o realismo mágico, a diretora erra feio ao transformá-las em coisas banais que nem mesmo a personagem lhes dá grande importância e nem mesmo relevância.


Canina tenta ser um estudo sobre as facetas solitárias da maternidade, do constante e ininterrupto trabalho em atender as infindáveis necessidades da criança, do cansaço, da exaustão e do abandono de sonhos em prol de cumprir o que a sociedade espera de uma boa mãe e nunca dentro da ótica patriarcal que acha todo o esforço muito natural.


Enfim, canina funciona mais como a comprovação que Amy Adams tem talento de sobra para qualquer tipo de papel e que só lhe falta voltar as escolhas certas para, finalmente, receber a aclamação que merece.



Comments


© 2020 por ACADEMIA DE CINEMA. Criado por Matheus Fonseca, todos os direitos reservados.

  • Facebook Social Icon
  • Twitter Social Icon
  • Instagram-v051916_200

CURTA-NOS NO FACEBOOK

bottom of page