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Quem conhece Ari Aster (Hereditary, Midsommar, etc..), vale a pena tentar, quem não conhece recomendo descartar, pois Ari gosta de mergulhar nos terrores e traumas familiares conceituando tramas muito incômodas e nem sempre inteligíveis para o grande público e, em #BeauTemMedo, sua ousada proposta metalinguística repleta de nuances psicológicas é deixada para que o expectador a decifre em suas quase exaustivas três horas de duração.
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Ok que há uma direção de arte muito requintada, uma fotografia bastante opressiva, cenários mirabolantes, edição precisa, trilha compatível e uma atuação brilhante de Joaquim Phoenix que, por si só, carrega nas costas não só a jornada da sua trágica personagem como também amarra o interesse até o desfecho da psicodélica trama.
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Nesse drama psicológico /distópico por certo há lugar para gargalhadas para quem estiver com a cabeça desencanada e propensa a enxergar o surrealismo e o bizarro como diversão, mas fora isso e o interessante estudo de personagem, #BeauisAfraid é só uma criativa e perturbadora “bad trip” causada pelas consequências do amor incondicional onde cada pessoa retirará sua interpretação de acordo com suas experiências.
Ou não...
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