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A Vizinha Perfeita – EUA -2025

  • Foto do escritor: Cardoso Júnior
    Cardoso Júnior
  • há 13 horas
  • 3 min de leitura

Analise 1.775

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O vencedor do prêmio de Melhor Direção em documentário no Festival de Sundance em 2025 e também a grande aposta da Netflix para o Oscar 2026 na categoria de documentário, A Vizinha Perfeita é composto apenas de imagens gravadas pelas câmeras corporais de vários policiais e câmeras de segurança de uma comunidade de subúrbio formatando um registro direto e seco sem músicas para emular a emoção do público e sem depoimentos que expliquem o que as imagens e gravações mostram.

O olhar acurado da diretora Geeta Gandbhir, leva-nos a uma experiência imersiva de uma situação cotidiana, uma briga entre duas vizinhas, que vai escalando a cada dia até culminar numa inesperada e surpreendente grande tragédia.

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O caso, ocorrido em junho de 2023, na Flórida, inicia-se com uma série de telefonemas para a polícia, por parte da vizinha branca, reclamando sobre as crianças da vizinhança “invadindo” seu jardim particular para brincarem e as constantes visitas dos policiais interrogando a queixosa e tentando apaziguar os ânimos enquanto também ouviam as reclamações da vizinhança preocupadas que as crianças não pisem no gramado da Vizinha Perfeita e o quanto se sentiam ameaçados por ela. Sempre dois pontos de vista.

Ao se tratar de um filme de arquivo onde as gravações realmente aconteceram, ficamos sempre em dúvida sobre quem estava errado na história e, os depoimentos, nunca nos ajudam a formar essa opinião rapidamente. Quem está mentindo? Quem está exagerando? Quem é a intolerante no imbróglio?

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Como a direção é imparcial e apenas registra fatos e os deixa falarem por si mesmos. A direção não tenta pintar as crianças como “santinhas” nem negar que a Vizinha perfeita não tinha razões em suas queixas, mas deixa entrever o desequilíbrio da mulher apesar de sua evidente educação e respostas plausíveis.

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Então, assistimos os conflitos diários se desenrolaram diante de nossos olhos, observamos inúmeros registros oficiais sendo feitos e toda a burocracia absurda desses casos dentro de uma montagem que faz o tempo aumentar (são 90 minutos de registros brutos, sem encenações) enquanto começamos a prever que algo de bom nunca adviria dessa situação.

No entanto a narrativa falha ao apostar no objetivismo e nunca entrar mais fundo na personalidade e vida da Vizinha Negra e de seus filhos, transformando-a mais em um ícone de vítima e, isso, diminui bastante o impacto emocional da história.

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Se o caso é de racismo por parte da Vizinha Branca como a produção apresenta em seu final, isso não fica claro diante da evidência que, a Vizinha Branca sofria de algum tipo de transtorno mental – Tem uma fala dela que diz: Eu estou medicada- e a tragédia se deveu muito mais a esse fato que a um possível caso de preconceito. Ou não....

O que fica bem claro é a crítica a lei do Estado da Flórida  Stand Your ground law” que permite e protege qualquer pessoa de atirar em outra em se tratando de autodefesa, transformando o agressor em vítima até que se prove (se provar) o contrário.  

Por fim, esse chocante e bem construído documentário, repleto de incógnitas, não é somente sobre um crime e sim, sobre o sistema que gere essas situações e nos faz sair dele com a sensação que o mal pode morar na casa ao lado da sua. Chocante!

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