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A História do Som - Reino Unido – 2025

  • Foto do escritor: Cardoso Júnior
    Cardoso Júnior
  • há 1 dia
  • 2 min de leitura

Analise 1.778

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O esperadíssimo drama romântico histórico dirigido por Oliver Hermanus, baseado no conto homônimo, depois de sua estreia em Cannes e ansiosamente aguardado por conta da presença dos dois atores mais “queridinhos” da nova geração: Josh O’Connor (Rivais -2024 e Reino de Deus 2017, ambos comentados aqui) e Paul Mescal (Todos Nós Desconhecidos – 2023, também aqui comentado) que formam o par “romântico” da estória.

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Isto posto, a atmosfera melancólica é construída com muita habilidade com uma fotografia em paletas mais escuras, cenografia minimalista enquanto as inóspitas locações que preenchem quase a totalidade do filme exercem uma força poderosa para a estória por sua precisão estética requintada criando um mundo – em várias épocas -muito real.

 

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No entanto, o longa prometia uma verdadeira história de amor, um romance, e se vende – através de toda sua divulgação- como se isso fosse uma verdade o que não é já que a direção faz uma opção muito errônea de conter, quase camuflar as emoções dos amantes a ponto de o pouco que vemos, parece-nos extremamente frio e artificial mesmo em momentos que a intensidade emocional seria mais que necessária para consolidar a proposta.

 

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 E é esse distanciamento, essa frieza entre os amantes que esmaga a empatia do público impedindo-o de acompanhar ou mesmo vislumbrar o romance arrebatador prometido inclusive por todos os enquadramentos do diretor que insiste em anular as emoções em prol de uma quase indiferença entre eles criando uma mise-en-scène que exclui o desejo e a expressão amorosa criando uma pífia relação homoafetiva envergonhada e escamoteada da existência.


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O talento de Paul Mescal e Josh O’Connor é notório, no entanto, apartados das emoções pela direção e roteiro não convencem – e nem poderiam – envolver o público em um romance que nasceu entre eles e que vai, ao longo dos anos, tornando-se um angustiante exercício de perda, de separação, em autêntica e genuína desejo de retomarem além do ponto onde a vida os separou. E, por tudo dito acima, essa que é a parte mais dramática da estória – a busca pela felicidade ao lado do ser amado – se torna inverossímil e quase sem sentido ou mesmo propósito.

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Esteticamente, A História do Som é belo, muito bem trabalhado, elegante, sensível e tem sim seu valor de uma produção de época, mas como o amor jamais se concretiza em tela, se torna altamente frustrante ao privilegiar a tristeza e a melancolia excluindo drasticamente o êxtase.  

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