A Incrível Eleanor – EUA -2025
- Cardoso Júnior
- há 10 horas
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Analise 1.778

A primeira investida de Scarlett Johansson na direção esbarra em um roteiro problemático repleto de clichês esvaziam todo e qualquer impacto emocional que a estória poderia ter, que nunca acontece até seu final altamente previsível.

Felizmente a atuação de June Squibb, em seus 95 anos, catalisa as atenções principalmente com a forte química palpável entre ela e sua coadjuvante trazendo os melhores momentos da estória.
Mesmo com elas a direção é nitidamente amadora sem nenhum toque autoral, equivoca-se na condução da narrativa e ainda tenta forçar a questão emocional no público, algo que nunca acontece talvez pela má condução da transição de uma comédia para um drama sobre o holocausto.

Logo no início, a estória da nonagenária Eleonor soa como uma comédia despretensiosa com algumas piadas fracas, no entanto ao se transformar em um drama sobre solidão e luto na velhice mistura-se algumas peripécias da protagonista e nada mais funciona a contento por conta do timing indeciso da direção e edição.

Para piorar a conjuntura de desacertos, os enquadramentos são pueris beirando o amadorismo, com uma trilha sonora deslocada e que não tem nada para contribuir enquanto o roteiro insiste em diálogos cabotinos descaradamente encaixados para comover o espectador.
Enfim, A Incrível Eleanor só não é um fiasco gigantesco pela atuação da June que nos obriga a torcer por sua personagem, - e por ela - por mais que o filme seja despido de alma, de âmago, como um improviso filmado.

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