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5 de setembro – EUA – 2024

  • Foto do escritor: Cardoso Júnior
    Cardoso Júnior
  • 4 de fev.
  • 2 min de leitura

Analise 1.742

Indicado ao Oscar 2025 na categoria de Melhor Roteiro original, Setembro 5 é uma reconstrução dos eventos ocorridos nessa data em 1972, durante os Jogos Olímpicos de Munique, que difere-se do ótimo “Munique” (2005), dirigido por Spielberg que pode ser lido clicando aqui pelo ponto de vista  de estar dentro das estruturas montadas pela rede ABC que cobria os jogos, transferindo e nos mostrando toda a tensão do trágico evento para dentro do estúdio.

Uma espetacular e verdadeira aula de como fazer TV, pelo menos naqueles tempos.

O trágico evento é conhecido mundialmente, mas para os mais novos, trata-se do dia em que uma facção palestina se infiltrou na Vila Olímpica e sequestrou 11 membros da equipe israelense exigindo a libertação de 234 prisioneiros palestinos mantidos em prisões israelenses, porém as negociações falharam e terminaram em um horrendo banho de sangue.


Setembro 5, mostra a primeira transmissão ao vivo de um ataque terrorista, assistida por 900 milhões de telespectadores, e as crescentes dúvidas, tensões e estratagemas dentro do estúdio comandado por jornalistas inexperientes nesse assunto para conseguirem efetuar a transmissão formatando um ótimo suspense com múltiplas camadas éticas e morais sobre o que pode e ou não deve ser mostrado na TV de então.

Com elenco coeso na equipe de jornalistas como Peter Sarsgaard, John Magaro e Ben Chaplin, a direção opta por trabalhar com grandes close-ups criando uma atmosfera claustrofóbica e um ritmo de tensão crescente que envolve e leva o espectador para dentro desse drama histórico ( que infelizmente permanece até hoje), e, em seus curtos 90 minutos, busca questionar-nos se a verdade deve ser mostrada cruamente na TV ou o jornalismo deve sacrificá-la para apenas promover audiência.

 

Exibindo uma tecnologia analógica considerada de vanguarda naqueles dias, podemos acompanhar como os filmes que saiam das pesadas câmeras precisavam ser revelados, os títulos feitos a mão com letras de plástico, comunicação por walkie-talkies, telefones discados e até taquigrafias levando-nos a uma viagem no tempo, coisa que os outros filmes centrados nesse fato, nunca apresentaram e, sem dúvida, é um forte concorrente dentro de sua categoria.

Vale muito ver!


 

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