Vindo do Festival de Sundance/19, o finalista no Oscar 2020 na categoria Melhor Curta Metragem, dirigido e roteirizado pela Canadense de origem Tunisiana, Meryam Joobeur, utiliza-se de uma narrativa simplista para captar e transmitir-nos as repercussões da guerra na Síria no seio familiar.
Em seus 25 minutos, a câmera remete-nos a paragens semi desérticas para construir através de uma dialética reversa repleta de closes no pequeno elenco familiar, uma dramaticidade peculiar que não foge ao gênero “família disfuncional” repleta de conflitos mal delineados e com uma pegada shakespeariana simplificada que traz a volta do filho mais velho para o seio materno defensivo e, paterno, ditatorial.
A fotografia e elenco são dois acertos notáveis enquanto o roteiro, aposta por demais na cena final para criar um impacto que acaba soando diluído pese a estranheza nada elucidativa da taciturna trama.
Assim, #Brotherhood, rodado na aridez geográfica e humana dos confins das civilizações, por certo mostra-nos e fala sobre a sobrevivência cavada com as próprias mãos, mas não empolga na abordagem do discurso.
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