#LinkPerdido, a animação da Laika e Annapurna Filmes, já se destaca por seus realizadores não serem a Disney/Pixar, a Dreanworks ou a Netflix, os maiores do mercado na atualidade, mas, principalmente, por um texto afinadíssimo e afiadíssimo, repleto de humor, rimas, trocadilhos - que podem não ser observados nas versões dubladas -, falas interrompidas e continuadas, sem ser politicamente correto, vide as atitudes da protagonista, e tangendo o incorreto, sem vulgaridades. Um texto sem pieguices, mas repleto de elementos que suscitam a reflexão, como, por exemplo, o nome escolhido pela criatura para si, e a reação dos ietis ao pedido de Link, entre outros, tudo isso embutido em uma trama repleta de ação, e estereótipos, que suscitam a crítica e a autocrítica.
Hugh Jackman, Sir Lionel Frost, e Zack Galifianakis, o Mr. Link, as protagonistas, emprestam demais carisma às personagens, acentuando o cômico, Zoe Saldana valoriza o romantismo e os valores morais, imbuídos nos seus diálogos, Timothy Oliphant, a vilania de sua personagem e Stephen Fry a pompa e circunstância da sua. A direção é excelente, criando um produto diferenciado, que valoriza muito texturas, cores e expressões faciais. A música é ótima, a arte, excelente, e a edição peca em alguns sequenciamentos, como aquele na cena onde Frost entra no clube, no início do filme, quando se vê primeiro a reação da personagem Mr. Collick a sua entrada, e depois esta propriamente dita.
Uma animação, diferente daquelas que usualmente vemos no mercado, realizada com muito bom gosto e esmero, e com um excelente e engraçado texto, é o que traz o ótimo #MissingLink. Vale muito assistir. Em Cartaz.
TRAILER