1968, Stella, Auggie e Chuck, jovens adolescentes, são amigos e párias em uma cidade interiorana nos Estados Unidos, quando na noite de Halloween, com Rámon, igualmente jovem e excluído, visitam uma mansão abandonada, supostamente assombrada, de onde a jovem subtrai o caderno com as histórias macabras de Sarah Bellows, antiga moradora do local, despertando forças malignas que os perseguirão.
O roteiro linear de Dan e Kevin Hageman, com Guillermo Del Toro, que também produz o filme, opera em fortes premissas dramatúrgicas – narrativas matam, narrativas curam, e se continuamente repetidas, tornam-se verdadeiras –, e, nessas baseadas desenvolvem a trama sinistra, fazendo um paralelo e uma crítica, do período histórico, à eleição de Nixon e à absurda Guerra do Vietnã.
Apesar de ser um terror fortemente estereotipado, repleto de clichês do gênero, caracteriza-se pelo estilo criativo de Del Toro, tanto narrativo, quanto estético, que o distingue, mas não se pode deixar de observar diversas semelhanças com a série da Netflix Stranger Things. Cenas de sustos, inteligentes, fazem o espectador saltar, ocasionalmente, na cadeira, e, apesar de não ser um primor no estilo, com o final aberto, alimenta a curiosidade do porvir.
A direção de André Øvredal corrobora o gênero com tomadas, aproximações e movimentos de câmera que acentuam o suspense e o terror. Zoe Margaret Colletti, Michael Garza, Gabriel Rush e Austin Zajur formam um grupo de protagonistas coeso, Austin Abrams, o melhor jovem em cena, se destaca com um bom vilão e, Dean Norris, de Breaking Bad, também, em pequeno papel. Efeitos especiais e artes, ótimos, captam muito bem o estilo diferenciado de Del Toro, a música adiciona tensões, e fotografia e edição são excelentes.
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