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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Deixando Neverland - EUA-2019

Atualizado: 8 de ago. de 2020


O documentário de quatro horas de duração da HBO que deixou o público estarrecido em sua estréia no Festival de Sundance, e quem vêm provocando uma onda mundial de protestos dos fãs de Michael Jackson que nem sequer viram o trabalho, nos apresenta longos depoimentos de duas supostas vítimas que alegam e detalham minuciosamente os abusos sexuais e mentais que sofreram quando tinham respectivamente sete e dez anos de idade.

O diretor Dan Reed aposta que o mundo e a cabeças evoluíram após as recentes denúncias de abusos sexuais em Hollywood e dos escândalos de pedofilia na Igreja Católica e monta seu longo documentário através de depoimentos não só das supostas vítimas (hoje com 30 anos), mas também das mães e familiares das então crianças que, narram em pormenores suas histórias de convívio íntimo com o ídolo e de como foram enganadas por ele a ponto de terem suas vidas destroçadas após a revelação dos segredos que guardaram por tantos anos.

Utilizando-se de muitas imagens de arquivos, inúmeras fotos, áudios, gravações e telefaxes trocados entre o cantor e as crianças para ilustrar ou corroborar as denúncias, durante o período que as crianças freqüentaram o rancho Neverland, outras propriedades do “acusado”, e inúmeras viagens internacionais entre 1988 e 2005, o que mais choca não são as afirmações sobre pornografia, beijos, masturbação mútua e sexo oral, mas a “inocência” das mães que, mesmo presentes, permitiam que os filhos dormissem regularmente trancados no quarto e na cama de Jackson, um homem, na época, com 30 anos.

Não obstante, o documentário relembra outras denúncias de pedofilia que abalaram o mundo, o acordo milionário para encerrar uma delas e o famoso julgamento de 2005 que inocentou Jackson por falta de provas e onde um dos atuais acusadores defendeu o astro veementemente juntamente com o então astro Macaulay Culkin.

Dividido em duas partes por conta de tantos depoimentos (alguns desnecessários), o documentário ainda investiga os abalos emocionais e as graves consequências psicológicas que as “vitimas” sofreram, fazendo um superficial estudo sobre a lavagem cerebral que propicia os traumas que levam a negação e as dificuldades de aceitar que o que é feito em nome do mais belo amor também pode ser entendido como repulsivo e abjeto.

Às vésperas dos 10 anos sem Michael Jackson, e por conta do impacto mundial onde várias estações de rádio baniram as músicas do ícone e a própria HBO sofre um processo da família do artista, #LeavingNeverland vai ao ar no canal a cabo HBO neste sábado (16) e, independente do que o seu juiz interno decidir e de seu estômago revirar, vale muito ouvir o que eles tem a dizer nem que seja como um grande e importantíssimo alerta sobre abuso infantil que pode estar acontecendo agora, na sua casa ou na do lado, sem você suspeitar...

TRAILER

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