Indicado ao #Oscar2019 na categoria de melhor Documentário, eis um trabalho que foge visualmente do gênero pela complicadíssima, trabalhosa e arriscada captação de imagens.
Com a proposta de documentar a insana escalada de Alex Honnold, apenas com mãos e pés, de um paredão de pedra com mais de um quilometro de extensão, mesmo que saibamos o final da jornada, ainda assim, traz consigo alguns momentos de muita tensão e paisagens de tirar o fôlego.
Inteligentemente, o roteiro não só nos leva junto para os meandros da preparação do protagonista para realizar seu feito insano e inédito, bem como fazer um interessante estudo psicológico e neurológico para descobrir o que faz uma pessoa como ele arriscar a vida de uma maneira tão radical e, sim, algumas teorias científicas nos são apresentadas enquanto, aos poucos, a narrativa apresenta detalhes de sua vida quando criança/jovem no intuito de estabelecer a origem de sua motivação.
O bem bolado arco narrativo que desnuda a complexa personalidade do protagonista, é intercalado por animações tridimensionais detalhadas sobre os trechos e os perigos da escalada fornecendo maior amplitude ao feito enquanto a equipe de filmagem e companheiros de Alex nos deixa muito claro suas aflições, medos e enormes preocupações com a aventura do intrépido alpinista.
Com apoio da National Geographic, também ficamos sabendo das tremendas dificuldades técnicas das filmagens e de alguns detalhes como a necessidade de utilizar câmeras com lentes especiais e outras com controle remoto e dos receios da equipe de produção de interferir na necessária e vital concentração do alpinista durante sua façanha.
Assim, #FreeSolo, com esse roteiro simples e abrangente, imagens deslumbrantes, edição perfeita e trilha compatível torna-se impecável e, certamente receberá o Oscar por sua ousadia técnica.
PS: Estréia prevista na #NationalGeographic em 09/ 03/19 às 21h.
TRAILER