Indicado ao #Oscar2019 apenas nas categorias de Melhor Figurino e Melhor Maquiagem, essa nova “versão” da conturbada história de Mary, Rainha da Escócia, que sempre viveu à margem histórica de sua prima e “inimiga” Elizabeth I da Inglaterra, é elogiável ainda que em nada memorável.
Roteirizado à partir do livro “Queen of Scots: The True Life of Mary Stuart“, essa ótica modernizada insere questões atuais como o feminismo, homossexualismo, estupro marital, guerra religiosa e, a desnecessária inclusão da representatividade ética em sua corte bem como utiliza-se de não verdades históricas ( como o encontro entre as monarcas), para retratar um mundo onde o sexo masculino não se sentia nada satisfeito em ser governado por mulheres.
O tema que já foi tratado em várias obras cinematográficas trazendo monstros sagrados do cinema na pele de Elizabet I como: Judi Dench, Vanessa Redgrave, Helen Mirren, Cate Blanchett, Glenda Jackson,Natalie Portman e Scarlatt Johansson, recebe aqui atuações impactantes de Saoirse Ronan e Margot Robbie que sim, mereciam indicações ao Oscar 2019, tamanha energia que emprestam às suas personagens.
Embora o roteiro lance mão de várias licenças históricas para modernizá-lo, toda a parte técnica, da direção ao designer de produção, são impecáveis principalmente no que tange a fotografia, os belíssimos planos escoceses e os régios figurinos, tudo absolutamente tudo, diferenciando a soturna atmosfera da corte escocesa em contraponto com a claridade da inglesa enquanto a narrativa vai nos contando sobre as inevitáveis intrigas palacianas e a câmera alternando sem privilégios entre uma e outra intercalando a saga pelo poder sob um prisma altamente feminino.
Assim, se você não for um entusiasta da veracidade histórica, #Mary QueenofScots, é uma boa pedida para conhecer lendárias personagens femininas que governaram a despeito de toda a inveja e ambição masculina.
Ps: Distribuído pela #UNIVERSALPICTURES previsto para os cinemas em 14/02/19
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