Ano vai, ano vem, filmes novos são lançados, muitos deles indicados a diversas premiações diferentes sendo eles muito distintos ou não. Mas se tem uma coisa que não muda, é a capacidade que a Disney/Pixar tem de, em seus curtas, fazer sua garganta arder no melhor e mais emocionante sentido possível.
Pois é, “Bao”, novo curta de animação da gigante Pixar lançado juntamente com Carros 2, é a mais nova aposta muito mais do que certeira para trazer mais uma estatueta para casa. E põe certeira nisso...
O curta nos mostra uma mãe canadense asiática, certamente imigrante, com síndrome do ninho vazio, mas que ganha uma “segunda oportunidade” quando ao cozinhar, um de seus bolinhos ganha vida. E é aí onde tudo começa, não só sua história, mas como todas as suas complexidades.
Como em momento algum nos é passada essa informação de que se tratam de imigrantes, principalmente por sua característica de não ter diálogos. Tudo nos é dito através do ambiente, este que raramente vi retratado com tamanha autenticidade em qualquer outra animação. Que mostra todo o cuidado prestado pelo diretor Domee Shy evidenciando que essa representatividade.
Sobre a animação em sí, não há nada para exaltar além do fato de ser produto Pixar e de que suas qualidades mais importantes vão além do traço, ou no caso, da modelagem.
É impressionante como a Pixar tem essa capacidade de trazer e curtos minutos, tanta profundidade e simplicidade, tão bem mescladas e trabalhadas que o reconhecimento do espectador é certo em suas medidas. Talvez por quê, neste caso em particular, estejamos falando de experiências de vida, uma inspiração na família de imigrantes do diretor, o que certamente garante boas doses de particularidade e profundidade.
Apesar de suas especificidades. Maternidade, solidão, família, amor, comida unindo as pessoas... Dificilmente são temas exclusivos da cultura asiática e se você for capaz de apreciar qualquer coisa além de suas próprias experiências, “Bao” certamente vai, no mínimo, tirar um bom sorriso do seu rosto.
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