top of page
logo.png
  • Foto do escritorFábio Ruiz

Estás Me Matando Suzana– México – 2016

Atualizado: 22 de ago. de 2020


O casamento é um tema amplamente explorado pela dramaturgia cinematográfica; tanto como trama principal, quanto paralela, todos os anos pelo menos um ou dois filmes irão versar sobre o matrimônio, conferindo à originalidade o sucesso ou o fracasso do enredo. Estás Me Matando Suzana chega com dois anos de atraso às telas brasileiras, narrando as peripécias de um casal mexicano, Suzana e Elígio, quando a primeira abandona o lar sem explicações, surpreendendo o marido que acreditava não haver conflitos entre os dois.

Luis Cámara e Roberto Sneider conferem distinção à trama com o inusitado sumiço de Suzana, deixando Elígio fora dos eixos, e abordando o machismo bonachão e um tanto obtuso do latino-americano, que pressupõe os homens terem mais liberdades do que as mulheres, sem as deixar de amar, além da enorme fragilidade diante da hipótese da perda do amor. Apesar de trabalhar muito bem os conflitos conjugais, com excelente tom tragicômico, a conclusão decepciona.

A condução de Roberto Sneider é ótima, com enquadramentos oportunos, e alarga a graça do texto, construindo cenas divertidíssimas. Gael Garcia Bernal cria uma personagem hilária, extremamente verossímil e humana, um verdadeiro anti-herói, por quem não se deixa de torcer, por mais controverso que seja. Verónica Echegui, a Suzana, trabalha bem as tensões cênicas e Ashley Hinshaw é uma grata surpresa.

A fotografia e edição são excelentes; a música adiciona à jocosidade; e a arte é competente. Uma comédia romântica de um casal que precisa reaprender a se amar e respeitar verdadeiramente, apresenta Estás Me Matando Suzana. Vale a ida ao cinema.

PS: Em cartaz

TRAILER

bottom of page