
Marlo está prestes a dar a luz ao seu terceiro filho, tem uma menina e um menino com necessidades especiais, é casada com Drew e vive uma vida simples em um subúrbio americano de classe média. Quando seu irmão oferece a contratação de uma babá noturna como presente pelo nascimento de seu novo sobrinho, grandes guinadas açambarcarão a sua vida.
Diablo Cody, mais uma vez, acerta a mão após o incrível Juno, e nos apresenta uma trama sensível sobre questões prementes da contemporaneidade: as pressões, as tensões e os poucos-casos de um mundo acelerado e prático. Diablo aborda, eloquentemente, temas como maternidade, depressão pós-parto, crianças especiais, expectativas versus realidades em uma história muito bem elaborada e com uma grande reviravolta, que poderá ser notada pelos espectadores mais atentos pois tanto o roteiro quanto a direção apresentam pistas para se perceber o desfecho.

A direção de Jason Reitman é excelente e coaduna perfeitamente com o roteiro, sustentando a surpresa e apresentando enquadramentos belíssimos especialmente de Marlo e Tully. Charlize Theron se reafirma como uma das melhores atrizes da atualidade, demonstrando imenso talento e versatilidade, agora como uma dona de casa quarentona, fora de forma, sem maquiagem e sem distinções ou glamoures. Mackenzie Davis empresta o tom perfeito à personagem Tully, trilhando com brilhantismo a tênue linha que esconde e revela a virada final. O resto do elenco está harmônico com a trama e faz um ótimo trabalho. A fotografia e a arte são muito boas e a música contextualiza muito bem o cenário.

Tully é uma bela história sobre a maternidade e o cotidiano, englobando outros temas relevantes à contemporaneidade e com um final surpreendente. Não perca.
PS: Em cartaz

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