
Tão somente em função de ser um trabalho do Shyamalan, que sempre apresenta muitos altos bem altos (O Sexto Sentido, Sinais...), e baixos bem baixos, (Depois da terra, A visita),fomos assistir pensando: Será desta vez um alto ou um baixo? A verdade, para nós, é que foi um pouco ou um muito dos dois. O Famoso realizador, diretor e roteirista, construiu um Thriller de suspense psicológico com interessantes incursões no tema de personalidades fragmentadas, mas inseriu todos os elementos clichês de filmes do gênero: Sim, claro, tem sequestro, cativeiro e até a conhecida atmosfera claustrofóbica enfatizada pela luz amarela e, óbvio de novo, a pegada de como a vitima (s), fugirão daquilo tudo. Ainda assim, mesmo com tudo isso já exaustivamente apresentado pelo cinema, o primeiro ato trabalha bem as questões de suspense no entanto sem gerar a tensão necessária para sua manutenção e, ainda, altamente prejudicada pelos flashbacks da vida da coadjuvante que funcionam como um didatismo muito pouco necessário. Ao roteirizar sobre uma “base científica” e inserir uma psiquiatra como reforço explicativo da teoria, tudo poderia ir muito bem se não fosse o salto para o sobrenatural que chega no terceiro e último ato, pondo por terra toda uma credibilidade habilmente construída. Ok, que James McAvory tem um desempenho interessante na exploração das personas,mas as constantes trocas de figurinos como reforço fazem com que o roteiro acredite pouco na capacidade de entendimento do público Assim e portanto “#Split”, que já revela seu plot nos próprios Posters, perde os elementos que podiam gerar surpresas e ainda descamba numa resolução bizarra que minimiza toda a proposta. Não Shyamalan, não foi um acerto, foi uma bobagem bastante comercial. Muito melhor é assistir “Sybil” (1976), para mergulhar mais fundo e de forma bem mais consistente nos intrincados meandros dos transtornos de personalidade.

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