Vaiado e aplaudido de pé no Festival de Cannes de 2016, o vencedor dos prêmios do Júri e Menção Especial do Júri e ainda vencedor do recente BIFA (melhores filmes e cineastas independentes do Reino Unido) e, um dos 5 finalista no Independent Spirit Award 2017, é um doce que depende muito do paladar de quem prova; muitos irão enjoar, outros, talvez, apreciar.
Partindo de um plot medianamente interessante, a direção intrusiva demais que tenta insistentemente colocar o espectador dentro das ações, esquece que seus muitos personagens secundários não são nada carismáticos e nem tenta um aprofundamento deles para, talvez, obter alguma empatia em suas jornadas.
O fato é que, acompanhar um grupo de rebeldes sem causa durante três horas de duração, inicialmente, até pode criar uma positiva expectativa para a viagem à frente, mas as constantes repetições de situações vão exaurindo, aos poucos, qualquer tipo de interesse mais profundo.
Nem mesmo a banda sonora que busca reforçar o estereótipo de uma “juventude transviada”, nem as boas interpretações dos dois protagonistas, sustenta o pico de interesse de um roteiro que desperdiça a oportunidade de uma boa critica social em detrimento de tão somente “sexo, drogas and rock and roll” andando em círculos, dando voltas e mais voltas sobre si mesmo sem ir para lugar algum.
Que pena.
Para nós ficou claro que “#AmericanHoney” tinha muito a dizer, mas desistiu da viagem e nos largou em um estacionamento de motel, sem explicar porque fomos parar ali, transformando todo o mel que tinha em um enorme tacho de melado.
PS 1 : Para curiosos, entrará em breve no catálogo da Netflix.
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