Com um plot mega interessante sobre OGM (Organismos Geneticamente Modificados), e as gigantescas, milionárias e poderosas corporações que lucram milhões de dólares nos EUA estabelecendo monopólio agrícola e, manipulando informações importantes sobre efeitos danosos à saúde dos incautos ou mal informados consumidores, vale a espiada no roteiro, até para o nosso próprio bem e de nossas famílias.
A proposta de criar uma narrativa dramática escapando do formato de documentário torna-se seu maior mérito ao mesmo tempo em que é sua maior falha. Se, por um lado, transformam-o em algo bem mais pessoal, dramático, interessante e instrutivo, as atuações carecem do peso que a magnitude do tema ensejava.
Com roteiro trabalhando sobre enredo ficcional, ainda assim, aborda de forma concreta a indústria dos alimentos e a falta de pesquisas comprobatórias que garantam que o que ingerimos no nosso dia a dia, o que colocamos na mesa dos nossos filhos, seja realmente seguro.
A luta de uma mãe para salvar o filho vitimado por graves alergias produzidas pelos pesticidas que, hoje em dia, estão em tudo que comemos e, sua obstinada batalha solitária para que a indústria admita que não tem ainda testes científicos que comprovem a segurança desses produtos, é algo digno de ser visto para, no mínimo, ficarmos atentos para os malefícios que a ganância empresarial pode trazer para a vida humana em todo planeta.
Então, ‘“Consumed (Food)”, essa proposta indie que fica tão equidistante de um grande trabalho de cinematografia, cumpre perfeitamente com a proposta de tocar em assusto tão proibido quanto necessário.
Se nós somos o que comemos, também somos aquilo que sabemos.
Pela relevância do tema a cotação é:
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