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Foto do escritorCardoso Júnior

Malala - EUA - 2015.

Atualizado: 31 de jul. de 2020


Sempre aparecendo entre os indicados nas maiores premiações deste ano, fomos conferir este documentário. O que mais chama a atenção na realidade da história é que ela parece algo do século passado, mas, infelizmente, é atualíssima. A premissa de contar a vida da mulher mais jovem (17 anos), a ganhar um Prêmio Nobel da Paz por sua luta pelo direito de outras meninas poderem frequentar uma simples escola em uma região que a religião nega esse direito às mulheres, é algo tão paradoxal como admirável. MALALA nos mostra que isto ainda existe nos dias de hoje, por mais bizarro que isso possa parecer para nós. Também fica interessante abordagem nada linear do roteiro e a inserção do recurso de animação como ilustrações de uma luta às beiras do épico que funcionam muito bem na contextualização do cenário atual do Paquistão. Acompanhar a trajetória de vida guerreira desta garota e de sua família, insurgindo-se contra tradições que negam a mulher qualquer tipo de educação, por menor que seja, pode ser perturbador para mentes ocidentais como as nossas, principalmente por estar nos contando a vida de uma refugiada jurada de morte em seu país. Embora tenha alguns problemas de ritmo narrativo, o roteiro flui bem, a fotografia é interessante cumprindo com relevância um dos principais propósitos de um documentário que é: Contar ao mundo histórias não muito conhecidas de pessoas corajosas que se arriscam (inclusive a vida), para proporcionar um bem maior para o coletivo humano. Assim, “He Named Me Malala”, já disponível nos canais streaming, merece não só ser visto como debatido exaustivamente, principalmente por mulheres que desconhecem a luta do ontem e do hoje para que sejam ouvidas e respeitadas. Infelizmente, passou pelos cinemas nacionais (para variar) de forma despercebida e discretíssima em Novembro/2015, diante de blocks de entretenimento. "Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo".

TRAILER

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