Considerado pela critica como um dos grandes filmes de 2015, com certeza e, só pode ser por isto, traz a explicação detalhada de como aconteceu a “bolha imobiliária” nos EUA, que acabou repercutindo na crise econômica que se alastrou pelo mundo todo em 2008. Talvez a mensagem subliminar de que o capitalismo é uma fraude amparada por um sistema instável e manipulado por uma minoria (bancária), que o sustenta, seja realmente um tema de vasto interesse. Assunto complexo... Diante deste desafio (explicar os meandros do mercado financeiro para leigos), a direção e roteiro optaram por uma abordagem divertida, às vezes cômica, quebraram a quarta parede para que os atores pudessem alcançar a platéia, apostaram em um didatismo explicativo e, como último investimento, reuniu um montante considerável de nomes de alto valor no elenco. Christian Bale, Steve Carell, Ryan Gosling e Brad Pitt. Bacana! O grande problema e, sim, é realmente uma dor de cabeça “tentar entender” e a profusão de jargões da área financeira que provavelmente você nunca ouviu e nem tem curiosidade de se aprofundar. Ainda que uma Selena Gomez apareça para te explicar o que significam, dificilmente você vai acompanhar...a menos que faça parte do ramo. Como se isto não bastasse, ainda tem uma edição a beira da histeria visual, trilha sonora irritante ao extremo e um excesso de rostos aparecendo nos coadjuvantes. Ok que há ótimos momentos e carismáticas atuações de Bale e Carell, muito provavelmente, aparecendo em listas e indicações para prêmios atenuando bastante tudo que você não vai entender sem um MBA em economia. Enfim, “The Big Shot”, que tem grandes méritos, é um produto subprime que mostra a falsa segurança do sistema financeiro e governamental, mas também não deixa de ser um grande hedge fund. Entenderam ?
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