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Foto do escritorCardoso Júnior

As Sufragistas-Inglaterra-2015.

Atualizado: 16 de ago. de 2020


Eis um destes trabalhos que achamos ser de suma importância para o cinema ao comprometer-se em nos contar fatos reais, que mudaram para melhor a face do planeta, e que poucos conhecem. Ponto pra ele! Focando seu plot histórico numa Londres dos anos 20, onde todas as mulheres eram pouco mais que propriedade dos homens, sem nenhum direito, embora formassem uma força de trabalho vital para a sociedade, cuja única diferença de um sistema escravagista estava no fato que recebiam “algum” parco dinheiro pela mão de obra; muito aquém do que recebiam os homens, ainda traz um grande vínculo com os dias atuais. Com grandes méritos na reconstituição de época, figurinos, diálogos pontuais e trilha sonora, têm seu ponto alto na mais que perfeita, densa e sólida atuação de Carey Mulligan (que sempre apostamos desde “Educação”), que nos leva com ela a percorrer um mundo, bem recente, onde cabia apenas às mulheres deveres e obrigações de esposa, mãe e funcionárias exemplares para maridos e patrões, no seio de uma sociedade machista ao extremo extremado. O foco histórico no movimento Sufragista, encabeçado por mulheres decididas a lutar pelo direito ao voto e pela igualdade de gênero diante das leis, com direito a todos os sofrimentos e aviltamentos por que passaram, surge, fílmicamente, como uma importantíssima aula de história que envolve o espectador facilmente em um trabalho poderoso e, infelizmente, muito atual. O curioso fica por conta de Maryl Streep, em um papel de grande importância, mas que está no ecrã não mais que três minutos, em uma única aparição, e da também ótima Helena Bonham Carter em participação bem pequena. Não importa... O peso histórico desta luta (tão desconhecida), está todo magistralmente amparado por Carey Mulligan, de quem a câmera nunca se afasta (para nosso desfrute e deslumbramento), puxando em um roteiro de suma importância sobre o que essas mulheres fizeram pelo futuro de todas as mulheres do mundo. Ok, que ao término, embora os créditos procurem trazer a sensação de impacto, (ao mostrar a lentidão do mundo com relação aos direitos das mulheres), o rigor histórico nos deixe com uma vaga sensação de que faltou alguma coisa a ser dita ou mostrada, mas é apenas uma impressão diante da gigantesca relevância do assunto. Por fim, “Suffragettes” é um trabalho que mostra as mulheres independentes do nosso mundo atual,o quanto devem às mulheres do século passado... “Nunca se rendam, nunca desistam da luta”.

PS1: Mulligan se reconfirma como uma das maiores atrizes atuais. PS2: Já é mais que tempo de Ben Whishaw deixar os coadjuvantes e retornar aos protagonistas.

TRAILER

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