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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Os 8 Odiados- EUA-2015.

Atualizado: 16 de ago. de 2020


Ok, ok, vamos tentar resumir essa estória que tem mais de três horas de duração. O mais importante é saber se você é fã de Tarantino ou não. Não sendo, passe ao largo, mas caso seja, como nós somos, vamos lá! A primeira coisa que nos saltou aos olhos foi que se trata de um ótimo trabalho que não só explora, mas transita pelos caminhos da metalinguagem. Por certo, há uma historia, ou várias, dentro dessa estória. Tarantino abusa das alegorias tais como: a figura da justiça, a figura da desordem, a figura do colonialismo, a figura dos ódios raciais e a intolerância com as minorias, enfim, um perfeito retrato da América; talvez do mundo atual. Mas há que se estar atento para podermos decodificar essas quase ocultas camadas. Dividido em seis capítulos, (os famosos esguichos só aparecem no quinto capítulo), talvez, a primeira vista, pareça longo e até verborrágico demais, mas a narrativa está lá, recheada com alguns diálogos provocantes, não exatamente para agradar e sim, para despertar controvérsias em todos os níveis. Ta bom, talvez uma edição que diminuísse e ou cortasse algumas tomadas, traria esse trabalho para mais perto de um público mais ansioso por ação. É fato. Mas, ao condensar a ação, praticamente, em um único cenário e transformá-lo em um palco claustrofóbico onde há uma bomba relógio que você não sabe onde está para desarmá-la, esse magnífico contador de estórias vai te enredando na trama até o final criando um bom suspense com direto a retrospectivas elucidativas. Por certo seu grande humor sarcástico pelos absurdos (por muitos visto apenas como violência), está presente em muitas situações e, poderá te fazer rir do inesperado algumas vezes. Mas nem tantas como em trabalhos anteriores. Com fotografia e trilha sonora impecáveis, atuações caricatas perfeitas de todo elenco, este faroeste com nítida influência de “Cães de aluguel” (1992), encontra seu destaque na atuação (quase sem falas) de Jennifer Jason Leigh, algo como a “Carrie A Estranha” do oeste selvagem que, certamente, lhe renderá algumas indicações. Enfim, “#TheHatefulEight" não é o melhor trabalho Tarantinesco, (talvez pela proximidade com Django), não entra pra galeria dos épicos, mas é, sem dúvida alguma, um grande filme....Mas, isso, só se você tiver gênio compatível para querer namorar com o gênio.

TRAILER




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