Tão logo a Mostra de São Paulo, disponibilizou este filme, claro, que fomos correndo verificar o trabalho do “menino prodígio” do cinema apenas atuando. Pois bem, a premissa do diretor Canadense parece ótima nos seus primeiros quinze minutos, mas vai perdendo o fôlego no desenvolvimento do roteiro.
Relação psiquiatra x paciente, é um tema sempre interessante e já bastante abordado, então esperávamos alguma ótica pelo menos diferenciada ou inovadora nessa proposta. Não há! O que vemos é um excesso de luz estourada, uma trilha sonora “insegura” sem definição de gênero; hora tendendo para suspense, ora caminhando pra thriller, ora tentando fixar-se em um conjunto de dramas pessoais.
Por certo, Xavier Dolan compõe com perfeição seu personagem evitando maneirismos além da conta e propiciando os bons momentos da narrativa. O restante do elenco, desenvolve com acerto seus personagens, mas não entendemos a insignificante ou pífia presença da personagem de Carrie-Anne Moss. Estaria ela inserida na trama apenas por ser Canadense? Não vimos outra explicação...
Também ficamos curiosos do porque Dolan ter aceito participar de algo tão indefinido enquanto roteiro. Seria porque seu personagem teve problemas com a mãe? ( Novamente outra vez), Seria porque, mais uma vez, poderia repetir: “Eu matei minha mãe” ? Embora essas questões fiquem no ar, sua atuação sustenta um enredo muito mal acabado que nos deixa a sensação de que tanto o roteirista/ diretor temeu mergulhar mais fundo nas questões abordadas.Uma pena.
No fim e ao cabo, vale por ver Dolan brilhando, admirar sua desenvoltura cênica com domínio perfeito da língua inglesa e, aumentar a ansiedade por assisti-lo roteirizando e dirigindo Jessica Chastain, Kathy Bates e Susan Sarandon em “ A Morte e Vida de John F. Donovan”. Por enquanto, “#Lachansondeléléphant”, serve apenas como aperitivo.
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