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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Ferrugem e Osso - França - 2013

Atualizado: 15 de ago. de 2020


Em função de estarmos revisitando os principais trabalhos de Matthias Schoenaerts, relemos justamente o que nos chamou a atenção sobre ele. Tendo sido um fenômeno na França em termos de milhões de espectadores, (comentado aqui na ocasião), tivemos os mesmos sentimentos da primeira vez. Nada foi abrandado, mesmo na releitura. O ótimo roteiro continua impiedoso, sem chances para melodramas em um drama realista, um romance que, ousadamente não se furta da exposição da dor sem banalizá-la, ampliá-la ou mesmo utilizar-se dela de forma condescendente. Marion Cotillard e Matthias, em desempenhos notáveis, têm a espinhosa tarefa de retratar almas comuns, no eterno embate entre angústias e esperanças incessantes sem nenhum tipo clichê que facilitaria empatia com plateias. As fragilidades emocionais humanas expostas, jamais tendem a soluções fáceis ou apelativas preferindo o caminho realista e sem açúcar, inclusive no panorama sócio-cultural em que se desenrola. Tecnicamente bem realizado, principalmente nos efeitos especiais minimalistas, "De Rouille et d'os", com sua força dramática crua, atinge altos picos de violência sem nenhum tiro, nenhum sangue. Ferrugem e osso, exponenciando dois dos mais admiráveis atores Europeus, continua falando sobre pedaços amputados de nós mesmos, cicatrizes e de lutas por sobrevivência e esperanças sem nenhuma intenção de agradar. Talvez e, exatamente por isto, por essa coragem autoral, tenha se tornado um marco no e do cinema Frances contemporâneo.

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