Suite Francesa - Inglaterra - 2015.
- Cardoso Júnior
- 5 de ago. de 2015
- 1 min de leitura
Atualizado: 15 de ago. de 2020

O que Suite Francesa nos informa, mas só no final é que: “É uma adaptação de um livro de uma escritora judia que levou 60 anos para ser descoberto”, mas tal informação chega tarde demais para salvar ou emprestar alguma relevância para um trabalho com muitos defeitos. Embora a reconstituição de época seja impecável na cenografia e figurinos e tenha uma boa fotografia e interpretações, o que falta, e isso fica nítido, é coerência e profundidade na narrativa e um aprofundamento nos porquês das personagens. Tudo fica meio que solto apostando na boa vontade do expectador de comprar barato as situações. Não funciona! O desperdício de um argumento (A ocupação dos campos Franceses na Segunda guerra), tinha tudo para ser espetacular, mas vai perdendo força na incongruência linguística e segue murchando diante da previsibilidade da narrativa concluindo com um final que busca um clímax e resulta em chocho. Até mesmo, o fulcro central, o romance entre uma Francesa e um Alemão, que suscita ótimas questões morais não é aprofundado ficando apenas na leve intenção de. Os truques “apelativos” para comprar as emoções do expectador são tão evidentes que nem mesmo o bom trabalho da Michelle Williams, a força de uma Kristin Scott Thomas e a presença do maior ator europeu no momento, Matthias Schoenaerts (que Hollywood não o tenha), conseguem salvar essa adaptação da fragrante sensação de desperdício. Suite Francesa, por certo, pode agradar alguns cinéfilos menos exigentes, mas não se furtará de ser esquecido imediatamente.

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