Ou o cidadão 4, e o grande vencedor do Oscar 2015 na categoria melhor documentário, peca por uma legenda muito rápida para quem não domina com fluência os longos diálogos das entrevistas em inglês, mas é assustador pela junção do cinema com jornalismo denúncia.
Os oito dias de entrevista secreta com Edward Snowden, muito bem intercalados com repercussões mundiais, algumas cenas gravadas no Rio de Janeiro e Brasília, são para deixar qualquer cidadão comum de cabelo em pé com a magnitude da invasão de privacidade.
Revelando com muita intimidade o lado humano assustado-paranoico do comum protagonista, causa imediata empatia com ele e a certeza de que o grande irmão, personagem de Geoge Orwell, está em plena atividade controlando tudo e todos.
Depois de assistir, fica difícil fazer uma análise devido o gigantismo e extrema relevância deste trabalho que, infelizmente não será muito visto.
Então, vamos encurtar: Se você, amigo leitor, cidadão comum, tem um computador na sua casa, navega pela internet, troca emails, posta no Facebook, consulta o Google, fala no seu celular com amigos, troca SMS, usa seu cartão de crédito para compras, tenha absoluta certeza que essas pequenas atitudes estão mapeadas e que seu perfil está traçado e registrado.
Ah, sim, se você tem uma câmera no seu Smartphone ou laptop, muito cuidado!
Então, o que o quarto cidadão nos revela, entre outras coisas estarrecedoras é: Não se deixe distrair pelas mídias da frivolidade, pois você está sendo monitorado 24 horas por dia e, não, "Isso não é ficção científica, isso está acontecendo agora”. Bravo, bravíssimo!
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