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  • Foto do escritorFábio Ruiz

O Destino de uma Nação – Inglaterra - 2017

Atualizado: 21 de ago. de 2020


Segunda Guerra Mundial, 1940. Sem apoio do congresso, Neville Chamberlain é forçado a renunciar. Winston Churchill, sendo o único nome que ecoaria em ambos os partidos, é, relutantemente, nomeado Primeiro Ministro pelo Rei, deflagrando os fatos que libertariam o mundo da opressão nazista.


O roteiro histórico é sabiamente didático, sem quaisquer reviravoltas, afinal, a história é conhecida e somente mudaria sob licença poética. Contudo, ao invés de focar a figura do Primeiro Ministro, enfatiza o homem Winston Churchill, as dúvidas e certezas, as qualidades e defeitos, as forças e fraquezas, as grandezas e pequenezas daquele cujas ações individuais e coragem salvaram o mundo de um futuro nebuloso e opressor. A direção de Joe Wright se diferencia com quadros fechados que não tomam a tela inteira e tomadas não convencionais, como a do bombardeio a Calais ou de Churchill no telhado, mas não alcança o brilhantismo. Gary Oldman quebra paradigmas ao entregar uma esplendorosa interpretação sob extrema maquilagem, que o ator conseguiu sobrepujar com a intensidade de sua atuação, emocionando a plateia com o homem, que lindamente, retrata. Oldman usa o movimento corporal como seu aliado para compor com excelência o Winston Churchill, apesar de, raramente, Gary se manifestar debaixo de tanto látex. Belíssimo trabalho. Lily James está muito bem no papel de Elizabeth Layton e Kristin Scott Thomas faz um delicadíssimo trabalho com Clemmie, esposa de Churchill, apesar de suas poucas cenas, impressionando ainda mais naquelas em que nem falas tem. Justificaria uma indicação a premiações, não fossem as outras grandes atuações desse ano. O resto do elenco é muitíssimo habilidoso dando credibilidade à história, realce para Ben Mendelsohn como George VI. Cenários, figurinos, e arte em geral são magníficos, atentem para a reprodução do metrô da época. A música é excelente, a fotografia, também, e a edição é competente, mas apresenta dificuldades nas cenas que não tomam o quadro por completo.


Inteligentíssima a decisão de focar na personagem Churchill, poucas são as cenas em que ele não está presente, pois o brilhantismo de Oldman transforma o que poderia ter sido um filme comum em uma obra de arte. Imperdível.


TRAILER

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