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Meu Irmão e Eu - Malásia – 2024

  • Foto do escritor: Cardoso Júnior
    Cardoso Júnior
  • 7 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Analise 1.704

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O candidato da Malásia a Melhor Filme Internacional no Oscar 2025 (bem escondidinho dentro da Netflix), é um mais que poderoso drama que explora não só questões familiares, mas também retrata com precisão o atual, precário e injusto contexto social malaio onde milhares de refugiados não são reconhecidos como cidadãos e, consequentemente, não tem nenhum direito (nem de receber documentos) forçando-os viver abaixo da linha da pobreza e sem esperança alguma de ajuda ou apoio das autoridades competentes.


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Utilizando-se da estória fraternal e da união de dois irmãos e protagonistas (Abang e Adik), o escritor e diretor Lay Jin Ong, em seu primeiro longa-metragem, retrata com extremo realismo vidas que margeiam perigosos abismos de desesperanças e lutas diárias tendo como cenário os lúgubres mercados de Kuala Lumpur, suas cercanias e cortiços, trazendo-nos uma narrativa comovente que vai do sublime e poético em sua primeira metade até o trágico em seu desenrolar. 


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Fugindo brilhantemente das armadilhas e clichês que poderiam classifica-lo como mais um melodrama, a direção investe sempre muito segura em um realismo estrutural, fazendo do cotidiano dos irmãos uma visão muito íntima e honesta da penosa vida de toda uma enorme população considerada apátrida e, sem truques para dramatizações além do necessário.

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Com fotografia com paletas de tons terrosos acentuando uma atmosfera de pobreza, de precariedade circundante e uma trilha sonora que amplifica e solidifica a liga narrativa, Meu Irmão e Eu é a prova cabal que é possível fazer um cinema de interesse universal, ainda que com baixo orçamento, e envolver profundamente e emocionalmente o espectador na vida de seus personagens dentro de uma belíssima estória de amor e sacrifício fraternal.


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Com atuações impactantes e uma cena portentosa, perto do fim, que, por si só, narra tudo o universo da própria estória sem nenhum único som, sem nenhuma palavra verbalizada, nota-se o quão hábil e talentoso é o diretor em seu grito silencioso e nada convencional, em seu apelo por uma sociedade malaia onde a justiça e a igualdade possam, por fim, prevalecer...um dia.

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