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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Madres Paralelas- Espanha - 2021


#MadresParalelas, o último trabalho do sempre genial Almodóvar, um dos maiores contadores de estórias do cinema contemporâneo, costura como ninguém um grande e atual drama feminino-familiar com o hediondo assassinato de civis validado pelo Estado na época da ditadura de Francisco Franco que também separou várias famílias. E, como unir dois temas temporalmente tão distantes e aparentemente tão díspares? Posso garantir que ele consegue e o faz com maestria.

#ParallelMothers com suas reviravoltas realistas enlaça o espectador do começo ao fim não apenas pelos desdobramentos do tema “maternidade solteira” e dilemas maternais, com um toque elegante de suspense, fazendo com que tudo flua sem nenhum exagero dramático e em perfeita conjugação com o plausível.

A direção de atores é magnífica e todos encontram espaço para brilhar, entretanto é Penélope Cruz que, agraciada com uma personagem humanamente complexa, dá um verdadeiro show de atuação (com mudanças de tons e posturas), e sim, podemos esperar vê-la indicada na temporada de premiações.

A parte técnica não deixa a desejar em nada como já se esperava dele. A cinematografia é rica e habilidosa, a cenografia é multicolorida e refinada, os figurinos são um show de coerência e beleza à parte e a trilha sonora equilibrada na sintonia exata.




Assim, Madres Paralelas torna-se uma intercessão de linhas cruzadas, repletas de ágeis subtextos que convergem numa comovente reunião e união feminina conectando o passado, o presente e o futuro.



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