Classificado entre os cinco melhores documentários em Curta Metragem para ao Oscar 2024, é uma daqueles temas que você nunca soube e, provavelmente nunca saberia se não houvesse essa iniciativa do cineasta S. Leo Chiang e, embora as TVs, redes e mídias ocidentais nunca toquem no assunto nem superficialmente, é extremamente relevante dentro do nosso mundo atualmente mega polarizado. Quem se importa? Eu me importo, pois é um prenuncio de tempestade em meio a calmaria.
Bom, eu não sabia e duvido que muitos saibam que que o grupo de ilhas de Kinmen, em Taiwan, ficam a apenas dez quilômetros da costa da China e também marcam a linha de frente de Taiwan na sua cada vez mais crescente tensão com a China além de possuir uma população declaradamente avessa ao comunismo chinês e com tensas relações entre esse povo que não aceita nem a identidade chinesa e nem taiwanesa. É um cenário muito tenso.
Infelizmente, o cineasta, por medo ou precaução, não mergulha mais fundo nesse barril de pólvora, que nós nem sabíamos que existe, preferindo ficar na superfície mostrando o turismo nas ilhas e suas belezas mesmo que essa calmaria apresentada seja, para bom entendedor, um prenúncio de grandes conflitos. Está em todas as entrelinhas da narrativa, mas nunca de forma elucidativa ou explicitada.
Seja como for, #IslandInBetween, com o destaque de sua classificação no Oscar, levanta várias e perigosas questões e, mesmo que não ganhe e não ganhará, já é um motivo de alerta geral sobre o futuro mais que incerto de Taiwan.
