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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Firebird- Estônia-2021



Adaptado do livro de memórias “The Story of Roman”, #Firebird conta-nos a história de amor homoerótica do soldado Sergey Festilsov, iniciada numa base militar soviética durante o período da guerra fria e dos perigos que envolviam esses tipos de relações intoleradas e monitoradas de perto pelo regime soviético que obrigava aos amantes um estado de alerta constante.


Fica-nos evidente que o ator principal e corroterista, Tom Prior, (A Teoria de Tudo e Kingsman: The Secret Service), e o diretor Peeter Rebane têm as melhores intenções na elaboração do roteiro e na junção de um elenco transnacional (Ucrânia, Rússia, Inglaterra e Estônia), mas fica inegável uma certa “estranheza por todos falarem em inglês e, também, pela previsibilidade do desenvolvimento que nos faz pensar: “Já vi isso”, principalmente pela criação do triângulo amoroso que força um desvio para o melodrama.


#Firebird também cai no convencional ao “trabalhar” muitas cenas utilizando a fotografia cênica com tonalidades um tanto quanto óbvias e na utilização do clima (sol, chuva, neve), para pontuar emoções, mas acerta bonito nas locações, interpretações, figurinos e trilha sonora.


Embora muito bem comportado, quase tímido em busca de uma narrativa mais perto da segurança, Firebird sem dúvida pode agradar uma gama enorme de pessoas por conta da inteligente inserção da arte da fotografia, poesia e teatro e, claro, por sua história universal que, infelizmente, ainda encontra ecos na contemporaneidade, afinal, ser fiel a si mesmo ainda pode ser tarefa espinhosa nos tempos atuais.

Vale bastante seus 107 minutos.




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