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Foto do escritorCardoso Júnior

Filhos – Dinamarca – 2024

Analise 1.721

Depois de competir pelo Urso de Ouro, o thriller psicológico de Gustav Moller – seu segundo filme – que impactou o mundo com o magnífico “The Guilty” que você pode ler aqui que, inclusive, teve um fraquíssimo remake de Hollywood com Jake Gyllenhaal, é profundamente interessante por sua temática que aborda não só a corrupção dentro da polícia, bem como um potente estudo sobre as complexidades da  moralidade humana.


Embora aborde a brutalidade policial, Moller amplia em muita sua ótica trabalhando temas como luto, ódio e vingança, sentimentos esses que podem comprometer inabaláveis valores morais abrindo brechas para a corrupção.

Com praticamente dois atores no epicentro do drama e, basicamente, centrado no cenário claustrofóbico de uma prisão na Dinamarca, acompanhamos um tremendo embate físico e psicológico entre carcereira e prisioneiro muito tenso e repleto de suspenses cuja a motivação o inteligente roteiro esconde de nós até quase o final da estória.


Acompanhar o desmantelamento da ética da outrora policial tão comprometida com a reabilitação dos presos, passando para um estado de abuso de poder, torna-se um jogo muito tenso entre eles, arrastando o espectador para as manhas e artimanhas, golpes e contragolpes das situações fazendo com que a linha divisória entre vilão e mocinho se embaralhe cada vez mais.


Sem julgar ou mesmo tentar levar o espectador para qualquer tipo de conclusão, o genial diretor/roteiro, ainda nos brinda com duas excepcionais interpretações e, sem pausas com um ritmo perfeito mantêm o pico de tensão e interesse deixando o espectador grudado na tela.

Assim sendo, ‘Sons” configura-se em um thriller intenso e quase sufocante que nos questiona sobre a força do sentimento de vingança discutindo os limites entre corrupção e disciplina.

É bom ficar de olho nesse promissor cineasta!






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