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Foto do escritorCardoso Júnior

Blitz – Reino Unido -2024

Atualizado: 25 de nov.

Analise 1.716

Londres, setembro de 1940, foi quando a força aérea nazista lança uma esmagadora campanha de bombardeio sucessivos sobre Londres conhecido como Blitz, que significa “guerra relâmpago’ destruindo a cidade e colocando seus moradores em pânico.

O diretor e roteirista, Steve McQueen, (vencedor do Oscar por 12 anos de escravidão), conhecido por abordar temas históricos foca nesse tenebroso evento, para levar-nos para dentro da sinistra situação e quase consegue seu intento, porém, como o material é grande demais, o roteiro se perde em si mesmo abrindo para outras questões e perdendo a consistência. Pena.


O próprio protagonista, o garoto de nove anos tentando voltar para Londres, configura-se numa aventura repleta de perigos sim, contudo mais se parece com uma estória para TV com uma interpretação totalmente ausente de carisma e com momentos duvidosos artisticamente falando. Por mais close ups - e são muitos- que a câmera enquadre em busca de emoções,a inexpressividade predomina.


A grande Saoirse Ronan, no papel de uma mãe em busca do filho perdido, pouco mais faz que andar pelas ruas devastadas de Londres em vários quadros e, embora se ensaie criar uma profundidade maior para sua personagem, isso fica apenas na intenção, num absurdo desperdício de talento.


A inconsistência do roteiro que ora é uma aventura infantil sombria, ora uma estória feminista, ora uma representação sobre o racismo na época e ora uma situação mortífera, mais parece um álbum de recortes que, mal costurados, andam em busca de uma narrativa coesa, principalmente por algumas cenas desconectadas, alguns flashbacks beirando o aleatório e personagens apenas esboçadas que ficam em meio ao caminho.


Ok que McQueen busca a grandiosidade cênica através de milhares de figurantes em várias cenas, uma fotografia perfeita, um ótimo trabalho de luz e sombras, figurinos e cabelos cuidadosos   e uma impressionante trilha sonora a cargo de Hans Zimmer, entretanto, mesmo com a parte técnica apurada, #Blitz não consegue capturar a emoção do espectador e, ainda que o tema seja importante, reduz-se a mais um outro filme sobre a Segunda Guerra e sobre a resiliência humana. Nada mais!



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