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  • Foto do escritorFábio Ruiz

A Médium - Tailândia - 2021



O melhor tem #TheMedium é a linguagem, ou melhor, a meta-linguagem. O espectador é levado a crer no início que se trata de um documentário, mas, efetivamente, apresenta um documentário dentro da ficção, que vai ficando mais evidente durante o desenvolvimento, ficando a narrativa mais hediondo e menos verossímil quanto mais se aproxima do final, que é a apoteose da escatologia e da inverosimilhança. A linguagem guarda semelhanças com aquela de a Bruxa de Blair, só que além da primeira pessoa, opera, na maior parte, na terceira. O enredo é até interessante até descolar da plausibilidade, quando a ficção, patente, percorre veredas psicodélicas. O mesmo se passa com o terror e o suspense, que se transforma de impressionante e assustador para um pastelão digno de risos.

A direção funciona muito bem no início e se perde do meio para o fim, especialmente nas sequências finals, quando fica confusa. As três atrizes principais estão ótimas, mas padecem da mesma questão, perdem a autenticidade, e o resto do elenco oscila entre muito ruim e péssimo. Critérios técnicos também bambeiam do meio para o fim, como todo o resto.

#AMedium, apesar de ter uma linguagem interessante, não se salva de si mesmo, caminhando em direção a um final digno de os trapalhões com terror, em sequências tão absurdas, que mais provocam risos do que sustos ou medos. Incrível que seja o candidato da Tailândia ao #Oscar2022.



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