top of page
logo.png
  • Foto do escritorFábio Ruiz

Downton Abbey – Inglaterra – 2019

Atualizado: 9 de ago. de 2020


Downton Abbey, filme baseado na famosa série de televisão, reúne suas personagens para mais uma aventura, a visita do rei e da rainha da Inglaterra, fechando com chave-de-ouro a saga que tantos seguiram por muitos anos.


O roteiro de Julian Fellowes, vencedor do Oscar por Gosford Park e criador da série original, além de trazer uma trama vívida, consegue em duas horas feitos incríveis. Em primeiro lugar, conta uma história com início, meio e fim, relevante, retomando a série de onde terminou, sem descontinuidades; em segundo, aborda com muita delicadeza temas e questões relevantes, da mesma forma como a série fazia; em terceiro, apesar de algumas personagens como Tom Branson, Henry Talbot, Violet Crawley se envolverem em conflitos mais interessantes, todas as personagens tem os seus justos espaços na tela grande, dosados adequadamente de forma a satisfazer um público, e também os atores, ávidos por ver suas personagens queridas novamente em suas intrigas familiares e serviçais. Em quarto, traz novas e interessantes personagens, inseridas no contexto preexistente, como a Maud Bagshaw e a Lucy Smith. E, por fim, o texto agrada, mantém a atenção e mata as saudades daquele mundo que tanto entreteve seus cativos fãs.


A direção de Michael Engler, que dirigiu apenas quatro episódios dos cinquenta e dois veiculados, impressiona tanto pela originalidade, por tomadas, distanciamentos e movimentos de câmera expressivos, mas também pela fidedignidade ao produto original, mantendo o seu ritmo e suas características mais relevantes. Maggie Smith e Penelope Wilton dão um show mantendo o carisma e a química observados na televisão. Matthew Goode, o Henry Talbot, e Allen Leech, o Tom Branson, em destaque, estão excelentes, especialmente o primeiro, Joanne Froggatt e Michelle Dockery mantém as ótimas atuações vistas na série e Imelda Staunton e Tuppence Middleton, as novatas no competentíssimo elenco, se destacam do resto. Fotografia, música, arte e edição, adaptados ao veículo, são impecáveis. Um filme arriscado, por ser a continuação de algo muito bem sucedido, que louvou em trazer uma estória adaptada aos novos formatos e duração, equilibrando narrativas e saudosismos, com muita inteligência e sensibilidade. Vale muito assistir, mesmo que não tenha seguido a série na TV, pois, como filme, é independente. Em cartaz.

TRAILER

bottom of page