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Sete Dias em Entebbe – Inglaterra – 2018

  • Foto do escritor: Fábio Ruiz
    Fábio Ruiz
  • 19 de abr. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 21 de ago. de 2020


Air France, voo 139 de Tel Aviv a Paris, durante escala em Atenas, quatro terroristas, dois palestinos da Frente Popular para Libertação da Palestina e dois alemães, Wilfried Böse e Brigitte Kuhlmann das Células Revolucionárias – o grupo terrorista da esquerda mais perigoso da Alemanha Ocidental –, embarcam para sequestrá-lo e desviá-lo para o antigo terminal do aeroporto de Entebbe, onde os reféns são mantidos até o seu desfecho.

O foco do roteiro são a política, tanto entre os terroristas de origens e motivações diferentes e ainda sob a influência de Idi Amin Dada, o ditador ugandense e anfitrião de terroristas e reféns, quanto dentro do gabinete israelense, onde, por um lado, Yitzhak Rabin considera a possibilidade de abrir um canal de negociações com os palestinos e, por outro, Shimon Peres defende uma ação militar para a libertação dos reféns sem quaisquer negociações; a humanidade revelada como consequência imediata da política; e o paralelo entre a arte e a guerra traçado desde o início do filme, ilustrando que o sucesso, onde quer que seja, está vinculado ao risco de exposição.

A direção de José Padilha é ótima, carregando no clima de tensão almejado pelo texto e lança olhares precisos nas transformações das personagens, especialmente nos alemães, que vacilam quando perdem o protagonismo para os palestinos e Idi Amin. Todo o elenco é competente e funcional. Rosamund Pike e Daniel Brühl estão excelentes em seus papeis, por mais que transpareçam alguma empatia pelos reféns, que advém mais da depreciação de seus papéis e da desconfortável conjuntura dos reféns, onde há a segregação dos judeus e a libertação dos outros, reprisando o tão vivo holocausto, quando ambos não são nazistas, do que de alguma humanidade propriamente dita. A música contribui, eficazmente, para estabelecer tensões e comparações, a fotografia é muito boa e a arte e a edição, excelentes.

A tese de que, em conflitos, em certo ponto, diálogos precisam ser estabelecidos, permeia a dramaturgia até o final, quando os títulos sumarizam os fatos futuros subsequentes, concluindo que, quarenta e um anos depois, ainda não há canais estabelecidos para intermediar a paz. Vale assistir.

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