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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Trama Fantasma- EUA-2017

Atualizado: 18 de ago. de 2020


Antes de tudo, é preciso deixar um alerta sobre esse mais novo trabalho escrito e dirigido por Paul Thomas Anderson: Não se engane com o título! Se você for esperando assistir uma trama ao estilo “Missão Impossível” e, outros do gênero onde não é necessário pensar e adentrar com muita atenção nas nuances desista, pois a proposta aqui, sai, desde o início, do facilmente assimilável e digerível para uma delicada teia de aranha com fios indeléveis que requer muita sensibilidade Bergmaniana por parte do expectador para entender as sutilezas da urdidura.

Centrado numa Londres de 1950, este romance suspense que se desenrola em ritmo cinematográfico de antigamente, sem pressa e dispensando os artifícios dos clímaces, genialmente vai construindo seu mistério através de um sutil jogo do coração e suas artimanhas amorosas em uma relação onde o que está em disputa é o amor, suas diversas formas de expressão, a dominação, a submissão e a alternância sobre quem controla quem e, de forma imprevisível mesmo sem apelar, em nenhum momento, para as batidas reviravoltas.

Com seis indicações ao Oscar 2018: Melhor Filme, Diretor, Ator, Atriz Coadjuvante, Trilha Sonora e Figurino, “Phantom Thread” com seu mundo luxuoso, trilha, fotografia e interpretações magníficas, é um quebra-cabeça psicológico repleto de peças de controle x caos que só se revela ao seu final muito por conta das subcamadas de perversidades dos três atores centrais no lida e baila de um par antagônico atado a um casamento de egos nervosos em constante porfiar.

Mais uma vez, inteligentemente, o roteiro escapa da armadilha de descambar para uma “disputa entre sexos”, lidando muito mais com o arrogante narcisismo criativo do artista e os alinhavos dos abusos emocionais numa obra impecável em toda sua composição técnica e visual que ainda ousa fugir de uma “conclusão” feérica- surpreendente.

Ah, sim, Daniel Day-Lewis merece essa indicação, mas o show de atuação fica mesmo por conta da atriz luxemburguesa Vicky Krieps, musa e serpente de inspirações.

Ps: Estréia nos cinemas brasileiros em 22/ 02/18

TRAILER

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