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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Layla M- Holanda -2017

Atualizado: 18 de ago. de 2020


Com enorme sucesso nos festivais de Toronto e Cannes, o indicado pela Holanda para concorrer uma vaga no Oscar 2018, volta seu foco cinematográfico para a Islamofobia vigente na Europa fazendo um estudo de personagem e de caso bastante inteligente sobre o recrutamento terrorista online nos jovens ocidentais. E é exatamente o “de caso” e o “de personagens” que faz desse trabalho não só algo oportuno, mas também muito interessante de acompanhar. O roteirista e diretor, Mike de Jong, sabiamente, desde a cena de abertura, instaura uma aura rebelde-feminista em um mundo comandado por homens criando imediata empatia cênica com a ótima protagonista compondo também e aos poucos, dentro da narrativa sócio-politico-religiosa, não apenas um potente drama adolescente e familiar, mas uma bem elaborada costura com a tragédia romântica. Se, roteiro e direção optassem por centrar o foco – como esperamos o tempo todo - no plot mais simplista de como um jovem comum se torna um jihadista e escorregasse pelos caminhos do quanto são “monstruosos”, certamente, “Layla M.” ficaria apenas no discurso panfletário, mas as escolhas acertadas de ambos levam o filme para dimensões mais profundas e mais humanas, apostando nas pontas soltas que não oferecem respostas ou conclusões unilaterais. #LaylaM não é apenas um argumento bem desenvolvido, é uma viagem extremista de 90 minutos pelo interior de uma jovem que busca seu lugar no mundo e, ao mesmo tempo, um veículo que nos leva por um caminho incerto e rebelde que vai de Amsterdã à Amã, vai do moderno às ruínas, do amor a submissão, da ingenuidade ao idealismo; ilusão, desilusão sem conexão com a hegemonia. #LaylaM pode estar na sua família; ainda em construção...

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