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Foto do escritorCardoso Júnior

O Bar- Espanha- 2017

Atualizado: 21 de ago. de 2020


O novo filme de Alex de la Iglesia (Mi Gran Noche, As Bruxas de Zugarramurdi ), começa como os anteriores: prometendo muito pela ótima manutenção do ritmo frenético, mas perde a mão do roteiro descambando em desfecho inconcluso. Uma pena! O gênero “filme de confinamento”, já bastante explorado, inicia criando uma excelente aura dinâmica de suspense, insere bons personagens,brinca com maestria com as reviravoltas, aposta com acerto no surrealismo, humor negro, bons diálogos e cortes precisos prendendo o espectador pelo inusitado e curiosidade situacional evolutiva no primeiro ato. No entanto, a proposta inicial de uma análise comportamental sobre o ser humano em situação de extremo estresse ( ótima premissa para construir o suspense), adentra o segundo ato saltando para o terror “perverso” finalizando sem amarrar as pontas ou mesmo elucidar a gama de questões propostas, pondo por terra, de maneira frustrante o suspense em troca de uma explicação que pretende ser surpreendente, mas não é. Talvez, esse descompasso narrativo deva-se ao fato do diretor, produtor e roteirista acumular tantas funções e, por isso, compor uma estória que transita por vários gêneros sem decidir ou mesmo ofertar ao espectador uma definição de estilo, resultando apenas numa boa espiral de insólitas emoções, mas fracassando como o Thriller anunciado. El Bar, mesmo com enorme sucesso na Espanha e Europa, não tem ainda previsão de estréia no Brasil, mas vale ser visto sim pelo seu genial primeiro ato e pela leve pegada de como os governos e a mídia encobrem os grandes fatos de nós, mas sem maiores expectativas.

TRAILER

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